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CPMI: Sessão é cancelada após confusão entre parlamentares


A sessão desta terça-feira (22) da CPMI dos Atos de 8/1 foi cancelada pelo seu presidente, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), devido à falta de consenso entre os parlamentares sobre votações de quebras de sigilo e a apreensão de passaportes de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Antes do cancelamento, a comissão teve seu início postergado duas vezes. Interlocutores afirmaram que o clima está “muito acirrado” entre os membros. Maia declarou: “Eu acreditei que seria possível fazer acordo, como foi feito outras vezes. […] Só que hoje não foi possível. E, não tendo acordo, não há como se votar nada.”

Um ponto de destaque é a possível quebra dos sigilos da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A oposição buscava limitar a convocação da parlamentar, enquanto a base governista objetivava a aprovação das quebras de sigilo. Esses requerimentos foram embasados nas alegações do hacker Walter Delgatti Neto, que diz ter intermediado reuniões entre Zambelli e Bolsonaro e recebido R$ 40 mil da deputada para ações ilícitas.

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) também defendeu quebras de sigilo contra figures próximas a Bolsonaro, como seu advogado Frederick Wassef, o ex-ministro da Defesa Paulo Sergio Nogueira de Oliveira e o general Mauro Lourena Cid. O filho deste último, Mauro Cid, está preso nos EUA acusado de venda ilegal de joias sauditas, supostamente a pedido de Bolsonaro.

Por fim, requerimentos do deputado Rogério Correia (PT-MG) buscam convocar Bolsonaro para depor e apreender os passaportes dele e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Correia expressou preocupações nas redes sociais sobre a possibilidade de ambos tentarem deixar o país




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