Bolsa de Valores de São Paulo registra sequência de quedas histórica em agosto
A Bolsa de Valores de São Paulo enfrenta momentos turbulentos, com quedas diárias em agosto e um panorama ainda mais desafiador nesta quinta-feira (17). A divulgação da Ata do FOMC indicou preocupações inflacionárias nos EUA, causando reações adversas nas bolsas europeias. Estas, por sua vez, monitoram os títulos americanos que sugerem uma política monetária mais restritiva.
Preocupações também vêm do Oriente: a saúde financeira da China está sob sérias preocupações após dificuldades da gestora Zhongzhi e da incorporadora Country Garden. O banco Morgan Stanley cortou a projeção de crescimento chinês, de 5% para 4,7%, devido a desafios financeiros e a um setor imobiliário em queda.
No cenário político brasileiro, a proposta de extensão da desoneração da folha até 2027 está em foco, especialmente após críticas do ex-prefeito Fernando Haddad a líderes da Câmara dos Deputados. As controvérsias envolvendo a proposta podem intensificar as tensões no orçamento do próximo ano e com a próxima votação do arcabouço fiscal.
A questão do recente apagão elétrico segue no radar dos investidores, uma vez que a Eletrobras confirmou um desligamento devido a falhas no sistema. Adicionalmente, a Procuradoria Geral da República se manifestou contra a restrição do voto da União no conselho da Eletrobras após sua privatização.
No setor de commodities, destaque para o minério de ferro, que valorizou quase 5% em Singapura, e o petróleo Brent, que avançou 0,84%, sendo negociado a US$ 84,15.