Bastidores: Ministério paralelo na Cúpula da Amazônia
Celso Amorim, o “ministro paralelo” das Relações Exteriores do Governo Lula, foi visto na Cúpula da Amazônia. Embora não tenha aparecido nas transmissões da EBC, Amorim marcou sua presença ao lado de Sônia Guajajara (PSOL), titular dos Povos Originários, no encontro.
Com o título oficial de ‘assessor especial’, Amorim tem conduzido comitivas e missões extra oficiais, visando fortalecer laços que refletem o direcionamento político-ideológico de Lula. Um exemplo marcante foi sua visita a Nicolás Maduro em Caracas, reconhecida pelo Itamaraty apenas quatro meses após sua realização, embora o regime chavista tenha divulgado prontamente.
Adicionalmente, Amorim esteve com o líder russo, Vladimir Putin, em Moscou. Informações sobre esse encontro foram reveladas ao público somente dois meses depois. Embora o tom do diálogo tenha sido amigável, não houve sinais claros de um potencial acordo de paz entre Rússia e Ucrânia.
E, em sua viagem à Ucrânia, apesar de não se encontrar com o presidente Zelensky, o “ministro paralelo” visitou Bucha, local marcado por confrontos. Amorim, no entanto, expressou cautela ao comentar o incidente.
Amorim quem influencia fortemente a abordagem diplomática de Lula, seguindo a linha do PT. Esta atuação mais discreta visa manter certas decisões longe dos holofotes para evitar fortes rejeições ao atual governo no Brasil.