Diante de crescentes temores sobre um potencial desabastecimento de combustível e questionamentos sobre sua política de preços, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, revelou que a empresa tem 47 projetos em andamento para o revigorado PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Originalmente lançado em 2005 e conduzido por Dilma Rousseff, o PAC foi reintroduzido nesta sexta-feira pelo presidente Lula. Prates estima um investimento total da ordem de R$ 300 bilhões por parte da Petrobras.
Apesar das expectativas, o mercado se mostra cauteloso. Durante a presidência de Rousseff, a política adotada levou a Petrobras a se tornar a empresa mais endividada do mundo, acumulando prejuízos consideráveis.
O plano recém-divulgado foca em investimentos em refinarias, como a expansão da Abreu e Lima e melhorias em Paulínia (Replan) e Alberto Pasqualini (Refap). Prates também destacou a retomada de investimentos em estaleiros para a construção de 25 navios. Vale lembrar que esse setor sofreu reveses com as revelações da Operação Lava Jato.
Um dos pontos de destaque é o investimento em exploração de nove poços na Margem Equatorial, uma área perto da foz do rio Amazonas, atualmente objeto de debates internos no governo.
Os investidores reagiram negativamente à notícia. Após uma breve alta, as ações da Petrobras caíram quase 1%, impactando também o Ibovespa, que acompanhou a tendência descendente. Esta resposta sugere que o mercado pode estar percebendo um odor reminiscente de estratégias passadas.
