URGENTE: Geraldo Alckmin pode renunciar ao ministério do Desenvolvimento
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP) tem sido uma peça-chave na defesa do ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB-SP), diante do turbilhão político que visa manter França em seu cargo, apesar das pressões por sua substituição.
O partido Republicanos, após não conseguir assumir o Ministério dos Esportes devido à resistência de jornalistas e líderes esportivos, direcionou seu interesse para o Ministério de Portos e Aeroportos, colocando em dúvida a posição de França e apontando Sílvio Costa Filho como possível substituto.
Alckmin tomou a dianteira para garantir a estabilidade de França. O vice-presidente chegou a cogitar a renúncia de sua própria posição como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, para manter França à frente de Portos e Aeroportos.
Esse movimento de Alckmin reflete sua influência política e disposição para proteger um de seus principais aliados. A manutenção de França em seu cargo é vista como estratégica nas negociações em curso, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) procura fortalecer alianças com partidos do Centrão, incluindo o PP, Republicanos e parte do PL.
Lula, por outro lado, tem se esforçado para manter a calma e reitera seu compromisso de negociar com cada partido individualmente. A expectativa é que quaisquer decisões sobre uma potencial reforma ministerial sejam adiadas até o final do recesso parlamentar em agosto.
O presidente já fez alterações no Ministério do Turismo, substituindo Daniela Carneiro por Celso Sabino, atendendo a um pedido do partido União Brasil.
Relembrando 2014, Alckmin e Márcio França se uniram como candidato a governador e vice-governador de São Paulo, respectivamente, e foram eleitos. A parceria durou até 2018, quando Alckmin renunciou para concorrer à presidência, tornando França o governador de São Paulo.
Em 2021, Alckmin deixou o PSDB e França foi instrumental em trazê-lo para o PSB. Além disso, França também desempenhou um papel crucial, juntamente com Fernando Haddad (PT-SP), para que Alckmin se tornasse o candidato a vice na chapa de Lula.