“Mais uma vez, infringiram o devido processo legal”, diz Bolsonaro sobre seus dados divulgados pelo Coaf
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro reafirmou a legalidade dos R$ 17,2 milhões que ele recebeu via Pix. A informação, publicada inicialmente pela Folha na quinta-feira, foi baseada em um relatório do Coaf, cuja divulgação foi considerada pelos advogados de Bolsonaro como uma “violação criminosa do sigilo bancário”.
Os representantes legais de Bolsonaro destacaram que os valores mencionados provêm de “milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores”, e portanto, têm “origem absolutamente lícita”. O montante total refere-se a 769 mil transações realizadas entre 1º de janeiro e 4 de julho.
O Coaf, em seu relatório, sugeriu que a movimentação atípica de dinheiro pode estar ligada à uma “vaquinha” para o pagamento de multas eleitorais relacionadas à campanha do ano passado.
Em evento realizado em Santa Catarina na sexta-feira (28), Bolsonaro agradeceu as doações recebidas, criticando, no entanto, a exposição dos dados sigilosos. “Agradeço aos que doaram de forma voluntária. Mais uma vez, infringiram o devido processo legal, divulgando dados sigilosos. Mas tudo bem”, declarou.
O relatório do Coaf também apontou que Bolsonaro investiu os R$ 17 milhões recebidos via Pix em CDB.