O general Fernando José Sant’Ana Soares e Silva, chefe do Estado-Maior do Exército e segundo na linha de comando da Força, refutou as alegações do ministro da Justiça, Flávio Dino, de que a maioria do Alto Comando apoiava os atos de 8 de janeiro, conforme publicado pelo jornal O Globo.
“Em nenhum momento o Alto Comando do Exército desejou uma intervenção militar, seja antes, durante ou depois das eleições e da posse do presidente Lula”, afirmou o general, respondendo à afirmação de Dino.
Em uma entrevista à revista Veja, Dino havia alegado que a maioria do Alto Comando estava torcendo – sua ênfase – para que a revolta tivesse sucesso. No entanto, ele frisou, isso não significava participação ou direção, apenas que as Forças Armadas estavam na torcida, sem se envolver.
Além disso, em conversa com O Globo, o general Soares e Silva expressou uma preocupação persistente dentro das Forças Armadas: a politização. “Nossa grande preocupação é a politização das Forças. Evitamos isso cumprindo a lei, que proíbe que militares ativos tenham filiação partidária ou se manifestem politicamente. A manutenção de dois pilares firmes, hierarquia e disciplina, é fundamental para garantir a uniformidade de ações.”
