2022 teve o menor número de m0rtes vi0lentas intencionais, segundo Anuário Brasileiro de Segurança Pública
A tendência de redução no número de homicídios no Brasil, iniciada em 2018, impõe um desafio ao mandato do presidente Lula para manter os índices de violência em níveis mais baixos nos próximos anos. O 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na quinta-feira (20), revelou que em 2022 as mortes violentas intencionais diminuíram 2,4% em relação ao ano anterior, marcando o menor número desde que o levantamento começou em 2011.
A partir de 2024, será possível avaliar se as políticas de segurança pública de Lula, que priorizam a prevenção da violência contra mulheres, o desarmamento civil e a promoção dos direitos humanos, manterão essa tendência de queda nos homicídios.
Para o especialista em segurança pública Olavo Mendonça, o sucesso das políticas do atual governo depende de uma abordagem pragmática, separando a ciência criminal da ideologia. Por outro lado, o coronel Onivan Elias de Oliveira da Polícia Militar da Paraíba (PMPB) destaca que os reais impactos das políticas de Lula serão visíveis apenas em 2025, já que os índices de 2023 ainda serão fortemente influenciados pelas medidas do ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com especialistas, a redução significativa nos homicídios nos últimos anos é atribuída a um maior foco no combate ao crime e maior investimento em políticas públicas, especialmente contra o crime organizado. Além disso, políticas implementadas por estados, responsáveis pela gestão das polícias militar e civil, também foram decisivas para a melhoria nos índices de violência.
Entretanto, a atual gestão de Lula ainda tem que apresentar uma estratégia clara para a política nacional de segurança pública. A única medida concreta tomada até agora é a restrição severa ao acesso legal a armas pela população civil, cujo impacto nos índices criminais ainda é incerto.
