O PL (Partido Liberal) não planeja se opor à indicação de Cristiano Zanin, advogado pessoal do presidente Lula, para o Supremo Tribunal Federal, conforme publicado pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. A liderança do partido decidiu que seus membros no Senado terão liberdade de voto na avaliação da nomeação de Zanin. O advogado passou a semana passada buscando apoios para garantir os 41 votos mínimos necessários para sua aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Com a posição assumida pela liderança do PL, os 11 senadores do partido podem votar livremente, sem temer penalidades.
Na semana passada, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) encontrou-se com Lula no Palácio do Planalto. Segundo fontes próximas ao presidente, ambos discutiram o cenário que Zanin enfrentará na sabatina da CCJ.
Lula anunciou sua decisão de indicar Zanin para substituir Ricardo Lewandowski no STF no dia 31 de maio, e o encontro entre Lula e Alcolumbre aconteceu no dia seguinte à indicação. Vale lembrar que Alcolumbre, atual presidente da CCJ, demorou cinco meses para agendar a sabatina do ministro André Mendonça em 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro.
A Folha de S.Paulo também informou que, antes da reunião com Lula, Alcolumbre entregou ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, uma lista de indicações de cargos que deseja preencher no Amapá. Alcolumbre está interessado em posições no DNIT, Banco da Amazônia, Suframa e SPU. Ele também quer manter um aliado na Codevasf e está reivindicando uma diretoria na Caixa.
No entanto, a assessoria de Alcolumbre negou que haja qualquer negociação de cargos em troca da sabatina de Zanin. O senador tem sustentado que a indicação do advogado não deve enfrentar obstáculos para ser aprovada e que pretende acelerar o processo de sabatina.
