O advogado Cristiano Zanin, defensor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Operação Lava Jato, foi oficialmente indicado pelo presidente para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi divulgada pelo próprio Lula em evento nesta quinta-feira, dia 1º, no Palácio do Itamaraty.
“Zanin sempre foi o nome mais cotado”, compartilhou Lula. “Sua atuação em minha defesa é apenas uma das razões. Acredito que ele será um ministro formidável na Suprema Corte”. A proximidade entre Zanin e Lula é evidente também em laços familiares, já que o advogado é casado com Valeska Zanin, afilhada do presidente.
Antes do anúncio oficial, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já havia antecipado a indicação de Zanin. Em declaração na manhã desta quinta-feira, Pacheco confirmou: “Tive um encontro com Zanin ontem. Ele é o escolhido do presidente para preencher a vaga no STF. Essa comunicação deve chegar ao Senado ainda hoje e será encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça [CCJ]”.
Pacheco mencionou ainda que conversou com Davi Alcolumbe (União Brasil-AP), presidente da CCJ, para que a indicação de Lula fosse formalizada. “Zanin passará pela sabatina e avaliação da CCJ”, detalhou. “Depois disso, a indicação será submetida ao plenário do Senado”.
Para que a indicação de Zanin seja confirmada, é necessário o apoio de 41 senadores no plenário.
Além de Zanin, Lula considera outras indicações Lula anunciou, em março, que pode indicar um terceiro ministro para o STF, caso haja uma aposentadoria antecipada na Corte. “Pode ser que eu indique três, talvez dois”, compartilhou. “Essas coisas acontecem. Mas os critérios serão os mesmos. Primeiro: notório saber jurídico. A indicação não é para mim, mas para a nação. O indicado deve ser um fiel cumpridor da Constituição.”
Lula ressaltou que, mesmo com três possíveis indicações, não buscará influenciar as decisões do STF. “Nunca pedi favor a nenhum ministro”, disse. “Eles não são indicados para me fazer favores ou me proteger.”
