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Benedito Gongalves aponta “arco narrativo alarmista” em reunião de Bolsonaro com embaixadores


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está na berlinda no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que iniciou nesta quinta-feira (20/6) a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que pode resultar em sua inelegibilidade por oito anos. Bolsonaro está sendo investigado por seus ataques ao sistema eleitoral brasileiro durante uma reunião com embaixadores em julho de 2022.

Nesta sessão inaugural, o ministro relator Benedito Gonçalves deu início à leitura do relatório do caso, um resumo que detalha o curso da ação no TSE, incluindo diligências, depoimentos, perícias e as ações solicitadas pelo relator.

Gonçalves apontou “a enfática reivindicação, somente compreensível nesse arco narrativo alarmista, de que as Eleições 2022 fossem ‘limpas, transparentes, onde o eleito realmente reflita a vontade da sua população’”, durante a leitura do relatório.

Posteriormente, o presidente do tribunal, Alexandre de Moraes, concederá a palavra para a defesa e a acusação. Representando o PDT, autor da ação, estão os advogados Walber Agra e Ezikelly Barros. Bolsonaro está sendo defendido por Tarcisio Vieira de Carvalho Neto. Quando o julgamento foi agendado, o presidente do TSE previu três dias de discussões. A análise da ação que pode proibir Bolsonaro de concorrer às eleições por oito anos começou nesta quinta-feira, mas deve continuar nas sessões de 27 e 29 de junho.

Na Aije em julgamento, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) solicita ao TSE que declare Bolsonaro e Walter Souza Braga Netto, candidatos à Presidência em 2022, inelegíveis. O partido os acusa de abuso de poder político e uso impróprio de meios de comunicação durante uma reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada em 18 de julho de 2022. Segundo o partido, Bolsonaro atacou, sem provas, a confiabilidade dos resultados das eleições gerais de 2022 anunciados pela Justiça Eleitoral, durante o evento.

O PDT argumenta ainda que houve violação do princípio de isonomia entre as candidaturas, com o abuso de poder político demonstrado pela realização da reunião na residência oficial da Presidência da República e sua organização através da infraestrutura oficial do Palácio do Planalto e do Ministério das Relações Exteriores.




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