Segundo informações publicadas pela revista Veja, a CGU encontrou um registro de vacinação em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro inserido no sistema do Ministério da Saúde, indicando que ele teria sido imunizado com uma dose da Janssen em 19 de julho de 2021 em uma unidade do bairro Peruche, em São Paulo, pertencente à rede administrada pela prefeitura.
Entretanto, duas funcionárias do sistema de saúde da cidade de São Paulo foram à Polícia Civil registrar um boletim de ocorrência afirmando que essa informação não procede. De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Imunizações e uma assessora jurídica da Covisa, o lote de vacina citado nunca foi disponibilizado ao município, a “profissional registrada como suposta vacinadora nunca trabalhou na referida unidade de saúde” e a “UBS Parque Peruche nunca realizou atendimento de saúde ao Sr. Jair Messias Bolsonaro”.
As funcionárias ainda alertam que o registro no sistema Vacivida foi feito através do e-mail [email protected] que é um indício de fraude e que foi feito quase cinco meses após a suposta imunização.
As informações foram registradas no boletim de ocorrência em janeiro deste ano, após a Covisa tomar conhecimento do registro da suposta vacinação, que já havia circulado no início do ano.
Em meio a esses acontecimentos, na quarta-feira, a Polícia Federal realizou buscas na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro. A avaliação é que essa operação ajudou a desviar o foco da crise de articulação vivida pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional.
