Moraes comunicou PF e Exército antes de conceder liberdade a Torres
O ministro Alexandre de Moraes emitiu comunicados tanto à Polícia Federal (PF) quanto ao Exército ao soltar Anderson Torres nesta quinta-feira. Em sua comunicação ao diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, Moraes informou que Torres deverá ficar afastado de sua função como delegado da corporação. Essa determinação visa garantir a adequada condução das investigações em andamento.
Moraes determinou a soltura de Anderson Torres nesta quinta-feira (11). Segundo a decisão, não há mais razões para manter o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro em regime fechado no atual estágio da investigação criminal em que ele é alvo. Torres está sendo investigado pelo caso do 8 de janeiro e também por um esquema de fraude nas eleições de 2022.
No entanto, Torres deverá cumprir uma série de medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de se ausentar do Distrito Federal, restrição de saídas noturnas e nos finais de semana, entrega do passaporte e comparecimento à Justiça do DF todas as segundas-feiras.
Além disso, o ex-ministro não poderá portar arma de fogo, utilizar redes sociais ou se comunicar com outros envolvidos no inquérito. Ele também será afastado de seu cargo concursado de delegado da PF até uma decisão posterior do STF.
Torres estava detido no 4º Batalhão da PMDF desde 14 de janeiro, no contexto do inquérito do 8 de janeiro. Ele é acusado de “omissão dolosa” por sua atuação como secretário de Segurança Pública do DF durante a invasão. Torres viajou para os EUA em férias pouco antes do ocorrido, mas retornou ao Brasil quatro dias após a emissão do mandado de prisão e se entregou à Justiça do DF.
Leia a decisão na íntegra: moraes-liberdade-torres