EUA poderá impor sanções ao Brasil após visita de Nicolás Maduro
Sanções internacionais, ferramentas de pressão exercida por uma nação ou grupo de nações contra governos infratores de leis ou tratados internacionais, encontram-se no centro das atenções na política brasileira nesta segunda-feira (29). Com a recepção do líder venezuelano Nicolás Maduro pelo presidente Lula, o Brasil corre o risco de se ver alvo de represálias dos Estados Unidos por potencial violação das sanções impostas à Venezuela, segundo o especialista político e advogado Cléber Teixeira.
Parlamentares de direita acionaram a Embaixada dos EUA pedindo a captura de Maduro, destacando as acusações feitas em 2020 pelo então procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, que responsabilizou o líder venezuelano por envolvimento com terr0r1smo internacional e narcotráfico. Após essas acusações, o Departamento de Estado dos EUA ofereceu uma recompensa de US$ 15 milhões pela captura de Maduro e US$ 10 milhões pela prisão de Diosdado Cabello, ex-presidente do Parlamento venezuelano.
Em 2019, os EUA aplicaram sanções a mais de 150 empresas, embarcações e indivíduos ligados ao governo Maduro, além de revogar os vistos de 718 associados. As penalidades contra a Venezuela incluíam o congelamento de contas e ativos, a proibição de transações financeiras, confisco de bens, embargos de armas e restrições de viagens. Segundo o comissário da OEA para migrantes e refugiados venezuelanos, David Smolansky, as sanções foram direcionadas a Maduro e as “elites” do Chavismo, com os EUA impondo sanções adicionais aos setores de petróleo, ouro, mineração e bancário.
Lula está ignorando por completo toda a crise diplomática que a presença de Maduro no Brasil pode causar. Após criticar os EUA a respeito da situação entre Rússia e Ucrânia, Lula foi retratado como “parceiro estratégico” de Vladmir Putin pela imprensa norte-americana.
Agora, diante da recepção dada ao presidente Venezuelano e das falas proferidas em entrevista coletiva, a imagem do Brasil estará associada ao ditador Nicolas Maduro. Que Deus tenha piedade de nós.