Defesa de Bolsonaro refuta acusações e aponta “vazamentos seletivos” na imprensa
Os advogados de Jair e Michelle Bolsonaro realizaram uma coletiva de imprensa na madrugada de terça-feira negando quaisquer irregularidades relacionadas a depósitos em dinheiro vivo destinados à ex-primeira-dama. Eles afirmaram “com absoluta convicção” que as despesas do cotidiano da família eram pagas com recursos próprios e que o ex-presidente está sendo alvo de “perseguição política”.
“A defesa reafirma com absoluta convicção que todos os pagamentos referentes aos custos do dia a dia da família eram pagos com recursos próprios”, declararam os advogados. “A defesa reitera que pequenos fornecedores e prestadores de serviços informais recebiam em espécie a fim de proteger a privacidade do ex-presidente, bem como evitar exposição desnecessária e risco de fraude”, completaram.
O advogado e ex-secretário de Comunicação Social Fabio Wajngarten, decidiu realizar a coletiva após vazamentos “seletivos” que noticiaram uma investigação da Polícia Federal sobre suspeitas de desvio de recursos durante o mandato de Bolsonaro identificou a realização de depósitos em dinheiro vivo para Michelle.
Segundo a PF, esses repasses eram feitos pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que foi preso em 3 de maio por suspeita de articular um esquema de fraude em certificados de vacinação contra a Covid-19.
A defesa de Jair e Michelle informou que irá apresentar uma exposição detalhada das transferências e todos os custos e saídas de recursos próprios do ex-presidente ao longo de todo o mandato, durante os 48 meses, a fim de evidenciar que se trata de uma perseguição política, com vazamentos seletivos para constranger os envolvidos.
Os advogados ressaltam que a forma como as informações são divulgadas, o surgimento de novas “evidências” e a constante suspeição evidenciam que o único objetivo de todos os envolvidos é tentar manchar a imagem de Bolsonaro.