Cúpula da Polícia Federal ameaça deixar segurança pessoal de Lula caso militares assumam comando
A possibilidade de que militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) voltem a comandar a segurança pessoal do presidente Lula gerou irritação na cúpula da Polícia Federal. Em entrevistas recentes, o novo ministro do GSI, general Marcos Antonio Amaro, afirmou que a segurança do presidente da República voltaria a ser responsabilidade da pasta.
No entanto, integrantes da PF ameaçam deixar de fazer a segurança de Lula caso a mudança seja efetivada. Segundo uma fonte graduada da corporação, “seria um retrocesso inaceitável e uma crise entre militares e PF. Se os militares assumirem, sairão todos os policiais da operação”.
Atualmente, mais de 300 policiais estão treinados e atuando na segurança de Lula. Para um delegado da PF, não há espaço para militarização em um processo que, em todas as democracias do mundo, é feito por policiais. Desde a crise de desconfiança com militares, Lula decidiu que sua segurança seria chefiada pela PF, e o GSI passou a fazer apenas a segurança patrimonial.