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CPI do MST: Investigação pode impactar eleições municipais em São Paulo


A instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Câmara dos Deputados pode ter consequências nas eleições municipais em São Paulo, caso a investigação se estenda também ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). O MTST, coordenado pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), é historicamente ligado ao PT e Boulos é cotado para receber o apoio do partido na corrida eleitoral.

Um dos principais defensores da ampliação das investigações para abranger o MTST e a Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) é o deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP). Salles é o nome mais provável para assumir a relatoria da CPI e também busca indicação como candidato à prefeitura de São Paulo.

Enquanto aguardam a instalação da CPI, tanto a oposição quanto o governo estão criando suas narrativas e estratégias para os trabalhos. O PT irá defender o MST e já vem argumentando que não há fatos específicos que justifiquem as investigações. Já a oposição pretende focar não apenas nas invasões de terras rurais, mas também nos movimentos que coordenam invasões em áreas urbanas e seus patrocinadores.

Ricardo Salles, cotado para assumir a relatoria da CPI, tem afirmado sua intenção de incluir outros movimentos nas investigações. Caso isso ocorra, a CPI do MST pode passar a ser chamada de CPI das Invasões, abrangendo tanto áreas rurais quanto urbanas. O desdobramento desse processo pode ter impactos significativos nas eleições municipais de São Paulo.




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