Cinco esposas de ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram nomeadas para cargos de alto escalão em Brasília ou indicadas para Tribunais de Contas nos Estados desde janeiro deste ano. A enfermeira Aline Peixoto, esposa do ministro da Casa Civil, Rui Costa, assumiu em março a função de conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, o que gerou mal-estar entre os aliados de Costa. Outra esposa de ministro, Rejane Dias, esposa do ministro Wellington Dias, foi nomeada para o Tribunal de Contas do Estado do Piauí. Os salários das mulheres nomeadas variam de R$ 35.462,22 a R$ 37.589,96 e podem ultrapassar R$ 50 mil com auxílios e indenizações.
Três outras esposas de ministros de Lula foram nomeadas ou promovidas em cargos em Brasília, incluindo Ana Estela Haddad, esposa de Fernando Haddad, que se tornou secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, e Nilza de Oliveira, esposa do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que foi nomeada secretária-adjunta da Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento da Casa Civil.
As nomeações podem ser consideradas nepotismo se for comprovado que o marido influenciou ou indicou a esposa, mesmo em órgãos diferentes. Especialistas em direito público afirmam que os casos podem, em tese, serem considerados imorais. O governo defende informalmente a presença das esposas na máquina pública, argumentando que elas têm capacidade e formação para preencher as vagas.
