Atraso na instalação da CPMI do 8 de janeiro gera impasse entre base governista e oposição
A base governista no Congresso está tentando atrasar a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, novamente. O bloco Resistência Democrática, alinhado ao governo no Senado, ainda não oficializou os nomes que vão compor a comissão, o que resulta no atraso da instauração do colegiado no Congresso. Os outros dois blocos já indicaram seus integrantes para a CPMI, exceto o bloco Democracia, que possui um rascunho dos nomes, mas ainda não oficializou. Nos bastidores, o governo indica que vai adiar as indicações para atrasar o andamento da comissão ao máximo.
Desde o dia 5, quando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, solicitou os nomes dos parlamentares, é possível fazer as indicações. Serão 16 senadores, 16 deputados e o mesmo número de suplentes.
Na Câmara, a CPMI enfrenta uma situação semelhante com o “superbloco” do presidente da Casa, Arthur Lira. O líder do “blocão”, Felipe Carreras, aguarda o retorno de Lira ao Brasil para oficializar os nomes. O presidente da Câmara deve chegar ao Brasil nesta quinta-feira (11).
Até abril deste ano, o governo era contrário à CPMI e reteve emendas parlamentares para que os deputados retirassem seus nomes do requerimento. Isso levou nove deputados a recuarem.
O objetivo da comissão é investigar os responsáveis pelos atos de vandalismo ocorridos nas sedes dos Três Poderes. A CPMI do 8 de janeiro busca apurar se houve conivência do governo com os indivíduos que destruíram prédios públicos.