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Após reunião de emergência, Lula libera mais R$1,7 bi em emendas para tentar salvar MP dos Ministérios


No meio da ameaça de uma derrota sem precedentes no Congresso durante seu mandato, o presidente Lula (PT) liberou R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares. Esta autorização ocorreu na terça-feira (30), no mesmo dia em que os representantes de Lula optaram por adiar a votação da Medida Provisória (MP) que visava reestruturar os Ministérios, devido ao receio de uma possível reprovação.

Este valor recorde de R$ 1,7 bilhão marca a maior quantia liberada em um único dia durante o terceiro mandato de Lula. Além disso, fontes do Palácio do Planalto indicam que o governo pretende acelerar ainda mais o ritmo dessas autorizações para emendas parlamentares. Entretanto, na terça-feira, a Câmara mostrou sua insatisfação com o governo, quando os líderes dos partidos se uniram para rejeitar a reestruturação dos Ministérios proposta por Lula.

Se a MP for rejeitada, a estrutura dos ministérios retornaria ao que era durante o governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL). Isso implicaria no encerramento de ministérios que foram criados em janeiro, incluindo os Povos Indígenas, Cultura, Igualdade Racial, Transportes e Desenvolvimento e Indústria. Em resposta à crise com o Congresso, Lula convocou uma reunião de emergência na manhã de quarta-feira (31) com o núcleo de articulação política do governo para discutir as derrotas na Câmara e a MP de reestruturação ministerial.

De acordo com relatos, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, falou ao telefone com Lula por volta das 9h. O presidente teria pedido apoio para a aprovação da MP, enquanto Lira expressou sua preocupação com a credibilidade do Executivo na Câmara. As reclamações em relação ao governo incluem a demora na liberação de emendas parlamentares, na nomeação de políticos indicados para cargos do governo e na dificuldade de os deputados conseguirem reuniões com ministros. Essas queixas se prolongam há meses e o Congresso tem exigido uma mudança na articulação política, com críticas principalmente dirigidas ao ministro Rui Costa (Casa Civil).




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