O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante uma reunião com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto, defendeu fortemente a reativação do conselho de defesa da América do Sul. Este conselho se dedica a fortalecer a segurança fronteiriça e a combater o crime organizado e o narcotráfico. Lula insistiu na necessidade de as Forças Armadas trabalharem em conjunto para garantir a soberania dos países da região.
Maduro concordou com Lula e argumentou que a cooperação em defesa nunca deveria ter terminado. Ele revelou que Brasil e Venezuela estão em conversas para estabelecer um novo protocolo de defesa e combate ao crime fronteiriço. O líder venezuelano acredita que uma interrupção de quatro anos na comunicação em tópicos de segurança e defesa exacerbou os problemas nas fronteiras.
Após um hiato de oito anos, Maduro, acompanhado de sua esposa Cilia Flores de Maduro, chegou a Brasília para o encontro bilateral com Lula. Lula salientou a importância da retomada da relação diplomática entre Brasil e Venezuela e expressou otimismo para um futuro sem quebras de relações devido à “ignorância”.
A proposta de Lula para a entrada da Venezuela no Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, gerou interesse. Maduro expressou o desejo da Venezuela de se juntar ao bloco de forma “modesta”. Por outro lado, Lula criticou as sanções econômicas aplicadas à Venezuela, citando a necessidade de respeito aos resultados eleitorais do país.
Ao concluir, Lula enfatizou sua visão para um bloco coeso de nações sul-americanas trabalhando juntas para resolver problemas críticos. Ele espera que a reunião com dez presidentes da região sirva para explorar possibilidades para o continente. Ele acredita que essa reunião marca o início da reintegração de Maduro e da América do Sul como um todo.
