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URGENTE: Em depoimento, G Dias afirma que houve um “apagão geral do sistema” por falta de informações


General Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula, deu um depoimento de cinco horas à Polícia Federal na manhã desta sexta-feira, 21 de abril. Durante seu depoimento, ele revelou que a responsabilidade pelo monitoramento dos movimentos antidemocráticos que levaram à invasão das sedes dos Três Poderes era do Ministério da Justiça e do Ministério da Defesa.

Ele também expressou sua frustração por não ter sido convidado para a reunião do Plano de Ações Integradas realizada antes da invasão e culpou a falta de resposta do governo em 8 de janeiro por uma falta geral de informações. Além disso, ele negou ter recebido informações prévias da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), houve “um apagão geral do sistema pela falta de informações para tomada de decisões”.

G. Dias revelou que o governo estava monitorando protestos desde o governo de transição e que eles foram avaliados pelo Centro Integrado de Comando e Controle Regional da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Ele também afirmou que a responsabilidade pelo monitoramento e remoção de acampamentos em áreas militares pertencia ao Exército. Na noite da invasão, ele acreditava que não era seguro ou conveniente prender os vândalos acampados em frente ao quartel-general do Exército, dada a emoção em alta e a presença de famílias, idosos e crianças.

O ex-chefe do GSI esclareceu que, no início daquela tarde de domingo, havia 45 agentes da Coordenação Geral de Segurança, 46 militares do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas e um Pelotão de Choque de Reforço com 38 militares do Batalhão da Guarda Presidencial no Planalto. Ele explicou que a sede do governo foi invadida às 15h41 e que ele chegou ao local às 14h50. Ele então pediu reforços, testemunhando a multidão superar o bloqueio da PMDF e se dirigir ao Palácio do Planalto. Ao final da operação, o número total de soldados era de 487 e os policiais militares eram 520.

Quando entrou no Palácio do Planalto, ele realizou uma varredura e encontrou invasores na sala adjacente, que ele levou para a saída. Quando perguntado por que não prendeu os invasores, ele explicou que estava gerenciando uma crise e que esses indivíduos seriam presos pelos agentes de segurança no segundo andar, conforme protocolo. Ele também afirmou que não tinha os recursos necessários para efetuar uma prisão sozinho.

Por fim, ele afirmou que forneceu a todas as instituições estatais imagens das câmeras da Presidência, sem omitir nenhuma possível gravação. Essa afirmação vai contra a determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes, mais cedo no dia, onde ele ordenou a quebra do sigilo das gravações e a entrega integral do material.
Essa mesma afirmação de que o material com as imagens foi enviado para Lula, STF, PF e Exército, o agora ex-ministro já havia informado ao jornal Folha de S. Paulo.




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