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TSE quer convocar Torres para depor em ação contra Bolsonaro


O corregedor-geral de Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, está buscando esclarecimentos do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, em uma ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), que apura se o ex-presidente Jair Bolsonaro cometeu abuso de poder político e suposto uso indevido de meios de comunicação durante a reunião de Bolsonaro com embaixadores de países estrangeiros, em 18 de julho. Ontem a PGR pediu o arquivamento dessa ação.

O ex-presidente é acusado de desvio de finalidade da reunião, a fim de favorecer sua candidatura à reeleição. Gonçalves acredita que o depoimento de Torres será esclarecedor em relação à minuta de golpe encontrada em sua casa, em 12 de janeiro, e seu eventual envolvimento na reunião com os embaixadores. No entanto, como Torres está preso por suspeita de omissão nos atos de 8 de janeiro, o pedido de autorização precisa ser encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura omissão e outros possíveis crimes cometidos por autoridades.

Além do depoimento de Torres, o ministro também determinou a realização de outros dois depoimentos em 16 de março, incluindo o coronel reformado Eduardo Gomes da Silva e os servidores da Polícia Federal, Ivo de Carvalho Peixinho e Mateus de Castro Polastro. O processo é o que mais tem avançado das 16 Aijes que tramitam na Corte contra Bolsonaro, e pode resultar em sua inelegibilidade por oito anos se ele for considerado culpado.




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