Após mais de um ano sob a posse da alfândega, as joias presenteadas ao governo brasileiro pelo governo da Arábia Saudita estavam prestes a ser incluídas em um leilão de itens apreendidos pela Receita Federal por sonegação de impostos. No entanto, essa decisão foi suspensa pois a Receita considerou que as joias passaram a ser enquadradas como prova de possíveis crimes, entre eles descaminho, peculato e lavagem de dinheiro.
A Polícia Federal foi acionada para investigar o caso e o Ministério da Fazenda também está apurando o ocorrido. Deputados do PSOL apresentaram notícia-crime contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no Ministério Público Federal, acusando-o de corrupção passiva.
O valor das joias – € 500.000 – já tinha sido estimado pela equipe de auditores e iria embasar a oferta no leilão. A avaliação revisava o preço inicialmente previsto pelos fiscais, que, no ato de apreensão, chegaram a calcular, de imediato, que os diamantes valeriam cerca de US$ 1 milhão. A marca Chopard é uma das mais famosas e caras do mundo.
Após a apreensão das joias, o governo Bolsonaro tentou, por diversas vezes, reaver as joias, sem sucesso, pelo menos oito vezes. Atualmente, as joias estão sob a guarda da Receita Federal e serão utilizadas como prova nas investigações em andamento.
