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Operação Caixa de Pandora chega ao fim sem punições ou absolvições após 14 anos


A operação Caixa de Pandora, que expôs o maior esquema de corrupção da capital federal, chegou a um desfecho sem punições ou absolvições após 14 anos de sua deflagração. O processo movido pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra 20 réus por formação de quadrilha – incluindo o ex-governador José Roberto Arruda e o ex-vice-governador Paulo Octávio (PSD) – prescreveu. A denúncia do MPDFT foi apresentada em 2014, e o tempo decorrido desde então não permitiu que os réus fossem julgados pelo crime de formação de quadrilha.

Os réus foram acusados de se associarem para cometer crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e corrupção de testemunhas. O esquema de corrupção foi desmantelado com a prisão preventiva do ex-governador José Roberto Arruda em 2010 e a posterior cassação do mandato dele. A quadrilha implantou um sofisticado estratagema de corrupção, infiltrando-se na estrutura administrativa e de governo com a finalidade de cometer crimes para financiar suas atividades ilícitas e enriquecer seus membros e aliados, segundo o MPDFT.

O delator do esquema de corrupção, Durval Barbosa Rodrigues, aliou-se à quadrilha para solicitar propina a empresários que prestavam serviços na área de informática. Em um dos episódios mais conhecidos da Caixa de Pandora, um vídeo flagrou o momento em que Arruda recebeu dinheiro em espécie, que seria oriundo de propina.

A prescrição da ação para todos os 20 réus foi declarada pela 7ª Vara Criminal de Brasília na noite da última sexta-feira (17), após decorridos mais de oito anos desde o recebimento da denúncia. O MPDFT acusou os réus de crimes ocorridos entre início de 2006 e abril de 2010.




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