Moro já sabia do planos do PCC há mais de um mês; Polícia reforçou segurança da família
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (22) a Operação Sequaz, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que planejava atacar autoridades e servidores públicos. O principal alvo da organização era o senador Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro. De acordo com a Jovem Pan News, o plano foi descoberto em outubro passado e Moro foi informado em janeiro deste ano sobre o risco de um atentado por parte do Primeiro Comando da Capital (PCC). Desde então, o senador reforçou sua segurança pessoal e a de sua família. A organização criminosa alugou imóveis próximos aos endereços de Moro para monitorar sua rotina.
O promotor Lincoln Gakyia, do Gaeco de Presidente Prudente (SP), também foi alvo do grupo. Gakyia tem uma longa trajetória no combate ao PCC. Cerca de 120 policiais federais cumpriram 21 mandados de busca e apreensão, sete de prisão preventiva e quatro de prisão temporária nos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
O ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato entrou na mira da organização criminosa ao transferir diversas lideranças para presídios de segurança máxima, como o narcotraficante Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola. Após a descoberta de um plano de fuga, Marcola foi transferido novamente para Porto Velho. Moro agradeceu em suas redes sociais à PF, PM/PR, Polícias Legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP e seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado.
Ontem, o senador reagiu às declarações do ex-presidente Lula, que afirmou em entrevista ao site Brasil247 que quando estava preso, só pensava em “fod*r com o Moro” em retaliação à sua condenação na Lava Jato. Moro disse que ficou chocado com as declarações e considerou a linguagem do ex-presidente inapropriada. O atual ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, comentou a operação no Twitter.