Moraes afirma que Bismark teve “comportamento gravíssimo” após eleições
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a prisão do youtuber Bismark Fugazza, acusando-o de comportamento “gravíssimo” após a proclamação dos resultados eleitorais do ano passado. De acordo com a decisão judicial, o ministro afirmou que o comportamento de Fugazza poderia colocar em risco a vida do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Moraes acusou Fugazza de incentivar a violência contra o presidente e vice-presidente eleitos e contra os ministros do Supremo Tribunal Federal, citando uma carta na qual ele defendeu “a tomada de Brasília e a paralisação de todo o Brasil”. O ministro afirmou que o comportamento de Fugazza visava corroer as estruturas do regime democrático e do Estado de Direito, contendo “ameaças a pessoas politicamente expostas em razão de seu posicionamento político contrário”.
Na última sexta-feira, a polícia paraguaia localizou o youtuber em Assunção e o entregou à Polícia Federal em Foz do Iguaçu (PR). Fugazza ficou detido na delegacia da PF em Foz. Seu advogado, Levi de Andrade, já solicitou a revogação da prisão e nega que seu cliente tenha incentivado ataques ao STF e ao presidente Lula.
A prisão temporária de Fugazza foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) com prazo inicial de cinco dias, podendo ser prorrogada ou convertida em prisão preventiva.