O ex-presidente Jair Bolsonaro está fora do Brasil desde 30 de dezembro e ainda não divulgou a data de sua volta, o que levou o PL a mudar suas expectativas para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A aposta da sigla é explorar o conservadorismo sem Bolsonaro, se aproximar do eleitorado feminino e consolidar um protagonismo feminino associado ao segmento evangélico, o que pode ajudar a sustentar a força da direita até a próxima eleição presidencial.
De acordo com analistas, as mulheres têm potencial para assumir a direita no Brasil. Michelle Bolsonaro e a senadora Damares Alves são nomes que atraem o eleitorado evangélico, e segundo Maurício Moura, conselheiro do Instituto Ideia e pesquisador da George Washington University, a aderência de Michelle entre o eleitorado de Bolsonaro é mais assertiva. A ex-primeira-dama, inclusive, assumirá a presidência do PL Mulher no dia 21.
Para o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, Michelle é a mais grata revelação do partido, representando a mulher no sentido mais completo da palavra. A leitura do partido é a de que Michelle pode ser blindada, mesmo com o caso das joias sauditas ainda presente na grande mídia.
