“Meu depoimento pode ser determinante para queda do ministro Flávio Dino”, diz Oswaldo Eustáquio
O jornalista Oswaldo Eustáquio está disposto a falar a verdade quando for convocado a prestar depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos, que aprovou um requerimento para convocá-lo nesta quarta-feira (15). Embora o deputado distrital Fábio Felix (PSol) tenha sugerido que Oswaldo foi responsável por incentivar atos questionando o resultado das eleições, o jornalista negou envolvimento na organização do movimento que depredou o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso e o Palácio do Planalto em 8 de janeiro.
Oswaldo frequentemente ia ao acampamento montado por manifestantes contrários a eleição de Lula (PT), na frente do Quartel-General do Exército, em Brasília, o que gerou questionamentos sobre seu papel na organização dos protestos. No entanto, Oswaldo afirmou que seu depoimento pode ser determinante para a queda do ministro Flávio Dino, que solicitou que a guarda presidencial assumisse o comando da segurança daquela área devido a uma manifestação que estava sendo programada.
“Eu afirmo categoricamente que a PMDF e a Guarda presidencial abriram de propósito caminho para ocupação dos espaços públicos sem oferecer resistência, sobretudo no Planalto. Além disso, já havia pessoas dentro do Congresso antes mesmo de ele ser ocupado pelos patriotas que carregavam bíblias e terços. Temos vídeos que comprovam que havia pessoas diferentes do nosso convívio dentro do Congresso”, garantiu o comunicador, em entrevista ao site Metrópoles.
Embora o jornalista já tenha sido preso por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes por participar de manifestações antidemocráticas, Oswaldo nega qualquer envolvimento na violência que ocorreu durante as manifestações. Sua disposição em depor na CPI mostra que ele está disposto a enfrentar os questionamentos e esclarecer sua posição.