Na segunda-feira (13), o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão de cinco ações penais que se baseavam em provas obtidas a partir da delação de executivos da Odebrecht, empreiteira envolvida no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. As decisões liminares beneficiaram seis réus, incluindo o ex-senador e ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
Além de Lobão, foram beneficiados seu filho e nora, Márcio Lobão e Marta Martins Fadel Lobão, respectivamente, o advogado Rodrigo Tacla Duran, o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva e o empresário Jorge Theodocio Atherino da Silva.
Essas novas medidas de Lewandowski são extensões de uma decisão anterior, em que o ministro declarou inválidas as provas obtidas a partir do acordo de leniência da Odebrecht com relação ao presidente Lula. As acusações contra Lula na Lava Jato se baseavam tanto no acordo quanto em cópias dos sistemas MyWebDayB e Drousys, do chamado Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht.
Em fevereiro, Lewandowski também suspendeu as últimas três ações penais contra Lula na Lava Jato pelo mesmo motivo: as provas eram inválidas. Em outra ação, trancada no mês passado pelo STF, foram beneficiados o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci e um dos diretores do Instituto Lula, Paulo Okamotto.