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Alvo do PCC, promotor afirma que convive com ameaças desde que transferiu Marcola para presídio federal

Lincoln Gakiya deu detalhes da investigação


O promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), afirmou que o plano para matar o senador Sergio Moro foi identificado por meio de um depoimento colhido de uma testemunha em investigações no final de janeiro. Segundo ele, a ação foi articulada por uma espécie de “departamento de homicídios” da facção criminosa, que usava um codinome para se referir a Moro. Há quase dez anos, Gakiya foi jurado de morte pela cúpula do PCC em razão de sua atuação no combate ao crime organizado.

Gakiya afirmou que não foi surpresa para ele, pois convive com ameaças há mais de quatro anos, desde que fez a remoção de Marcola, líder da facção, para o presídio federal. A informação sobre o plano de matar ou sequestrar Moro surgiu em um depoimento colhido pelo Ministério Público. De acordo com o promotor, as lideranças da facção estavam particularmente incomodadas com o fim da visita íntima nos presídios federais.

O promotor acionou a Polícia Federal e a polícia legislativa do Senado. As investigações começaram em janeiro e foram concluídas em 45 dias, em um trabalho conjunto. O setor responsável na facção pela articulação do plano, e que geralmente articula sequestros e resgates, é chamado de “setor de sintonia restrita”, conhecido como “departamento de homicídios e atentados” da facção.

“A gente está vendo a ousadia desses criminosos. Eles criaram um setor para isso. Alugaram casas, chácaras. É algo estarrecedor. Sou mais um dos alvos, mas minha maior surpresa foi ser também contra o Moro”, disse Gakiya. A PF deflagrou nesta quarta-feira (22) a operação para prisão dos responsáveis pelo plano.




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