Economia

URGENTE: Enquanto o PT critica as propostas de Haddad sobre combustíveis, Lula permanece em silêncio


O governo de Lula enfrenta uma disputa acirrada em sua área mais sensível, prestes a completar dois meses de mandato. Recentemente, líderes do PT e da legenda no Congresso se opuseram à retomada da cobrança de impostos federais nos combustíveis e exigiram uma nova política de preços para a Petrobras. A pressão petista atinge em cheio o principal ministro da legenda na Esplanada, Fernando Haddad, que defende a reoneração, e por tabela, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

A decisão sobre a reoneração, que deve ser tomada até a próxima terça-feira, quando termina o prazo da isenção do PIS/Cofins para gasolina e álcool, será arbitrada por Lula. A equipe econômica alega que não há espaço fiscal para manter a desoneração sobre os combustíveis, cuja prorrogação custaria R$ 28,8 bilhões aos cofres públicos até o final do ano. Haddad, que declarou ser o “patinho feio” da Esplanada, corre o risco de sofrer sua terceira derrota em apenas dois meses de governo.

A redução dos preços dos combustíveis se tornou uma bandeira do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que acarretou a demissão de três presidentes da Petrobras e a promoção da desoneração para conter a alta, uma jogada que acabou virando uma dor de cabeça para seu sucessor e rival. Ainda assim, o PT teme que a alta dos preços no primeiro ano de governo possa afetar fortemente a popularidade de Lula e reacender a polarização radical da política nas ruas e no Congresso.

Com Lula dando cada vez mais espaço para a ala política do governo, o presidente tem uma reunião agendada amanhã com Haddad, o presidente da Petrobras e o ministro da Casa Civil, Rui Costa. O presidente ainda não se pronunciou sobre as críticas do PT à política econômica, mas deixou claro que dará a palavra final na pauta econômica.




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