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Jurista diz que antes de prisão preventiva de Bolsonaro é preciso investigar a fundo

Para Pedro Serrado, do Grupo Prerrogativas, a prisão preventiva no Brasil é muito banalizada


O jurista Pedro Serrado, um dos fundadores do grupo Prerrogativas defendeu que é preciso uma intensa investigação sobre tentativa de golpe de estado, mas lembrou que a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro deve ser usada apenas em último caso.

“A prisão preventiva no Brasil é muito banalizada. Nós temos 40% dos nossos presos por prisão preventiva. Não pode ser assim”, explicou o jurista lembrando que o Brasil vive momentos delicados por causa disso. “Prisão preventiva deve ser usada só em última caso, tanto que já fomos admoestados pela Comissão dos Direitos Humanos da OEA e pela Comissão dos Direitos Humanos da ONU diversas vezes”.

Serrado disse que as declarações do senador Marcos do Val não são suficientes para a prisão de Bolsonaro. “Ele pode mudar a declaração dele. Teria que demonstrar a veracidade da declaração, sempre pode ter uma pessoa que fala uma coisa e outra que fala outra. O que ele relata teria que demonstrar se foi um mero cogito ou se fez parte desse processo de organização criminosa, ou seja, se foi mero cogito ou se foi parte de um processo de preparação, de tentativa e daí de crime de golpe de estado e outros crimes previstos em lei”, argumenta o jurista.

Pedro Serrado é um dos mais experientes e combativos advogados do país e tem seu nome ventilado como um possível sucessor de Ricardo Lewandowski para o Supremo Tribunal Federal (STF). Questionado se o que Do Val falou não configura crime, o jurista explica. “A declaração dele enseja em investigação rigorosa e não em prisão do Bolsonaro só por isso”.

Porém, é crescente o entendimento contrário nos bastidores da política, e vai se delineando o senso comum de que uma possível prisão preventiva do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado, será necessária para que as investigações avancem e ele não influencie testemunhas.




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