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Instituição fiscal do Senado Federal projeta dívida pública de 78,7%.

IFI diz que as “incertezas fiscais e a piora das expectativas de inflação” são fatores que resultaram nestas projeções


A IFI (Instituição Fiscal Independente), órgão do Senado Federal que tem por objetivo aumentar a transparência das contas públicas do país, divulgou nesta quarta-feira, 15, a projeção para a dívida bruta do governo federal em 2023, de 73,5% para 78,7% em relação ao PIB (Produto Interno Bruto). A projeção anterior já era superior, em 77,8%.

“As incertezas no campo fiscal e o cenário econômico mais desafiador influenciam negativamente a dinâmica da dívida pública, e o crescimento na relação dívida-PIB se baseia nos déficits primários do setor público consolidado projetados” justificou o IFI. Para a instituição, a estimativa é de que o resultado primário saia do superávit de 1,3% em 2022 para um saldo negativo de 1,3% neste ano e de 1,1% em 2024.

O documento é assinado pelo diretor-executivo da IFI, Daniel Veloso Couri, que deve assumir o posto de secretário-adjunto da Secretaria de Orçamento no Ministério do Planejamento e Orçamento e pela diretora da instituição, Vilma da Conceição Pinto.

O relatório também cita um aumento na expectativa de juros para influenciar o crescimento da dívida. Já as projeções para o PIB de 2022 e 2023 foram mantidas em 3,0% e 0,9%, respectivamente. Houve, no entanto, uma queda quanto à estimativa para 2024, de 1,6% para 1,4%.

De acordo com a IFI, a expectativa de piora na inflação deve frear a queda da taxa de juros. Nesta semana, o mercado financeiro subiu levemente a projeção de 5,78% para 5,79% para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2023 e, por isso, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu manter em fevereiro a Selic, a taxa básica de juros, em 13,75% por estar “preocupado com a incerteza da conjuntura fiscal”.

Clique no Link e leia o relatório na íntegra: Relatório de Acompanhamento Fiscal 




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