O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta sexta-feira, 24, que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) subiu 0,76% em fevereiro, após alta de 0,55% em janeiro. No mesmo período, em 2022, o IPCA-15 havia subido 0,99%.
Antes da divulgação do IBGE, analistas financeiros projetavam uma alta de 0,72% para fevereiro. Com este resultado, o IPCA-15 acumula alta de 5,63% em 12 meses. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central para 2022 é de 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.
O IPCA-15 é uma prévia do IPCA, calculado com base em uma cesta de consumo das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos, abrangendo nove regiões metropolitanas, além de Brasília e do município de Goiânia. A diferença em relação ao IPCA está no período de coleta e na abrangência geográfica.
Entre os grupos de despesas, a educaçãoteve a maior variação e o maior impacto no índice do mês (alta de 6,41% e impacto de 0,36 ponto percentual). O mês de fevereiro é um mês tradicionalmente com pressão dos gastos nesse segmento por causa do início do ano letivo.
Segundo o IBGE, entre os gastos de educação, a maior contribuição para a alta em fevereiro de 2023 veio dos cursos regulares (7,64%). Foram destaque as variações de ensino médio (10,29%), ensino fundamental (10,04%), pré-escola (9,58%) e creche (7,28%). Outros itens com alta foram ensino superior (5,33%), curso técnico (4,50%) e pós-graduação (3,47%).
Estes números podem pressionar as taxas de juros futuros para cima, indicando a necessidade de maior controle na política monetária atual. O mercado entende que a manutenção da taxa Selic em 13,75% deve permanecer desta forma até o fim do semestre, mas projeta cortes ainda este ano.
Também nessa sexta-feira, 24, o Departamento de Comércio norte-americano divulgou o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos que subiu 0,6% em janeiro na comparação mensal e 4,7% na anual. O resultado veio acima do esperado pelo mercado, uma vez que o consenso Refinitiv projetava alta mensal de 0,4% e anual de 4,3%.
No campo das commodities, o petróleo opera em alta de mais de 1%, a US$ 83,16 o barril tipo Brent. O minério de ferro mostra recuo 2,42% com as notícias sobre aumento dos estoques da commodity em portos chineses.