A ocupação de cargos no segundo escalão do governo federal deve ganhar corpo após o feriado de Carnaval e as indicações estão sendo negociadas diretamente com o Ministério das Relações Institucionais, do ministro Alexandre Padilha, responsável por verificar se há restrições legais para as nomeações e encaminhar à Casa Civil.
O governo estava aguardando a composição das bancadas após a posse no Congresso para que os cargos nos estados fossem distribuídos.
A direção do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) e da Companhia de Desenvolvimentos dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevast) que continuam sob o comando da bancada de centro, no Congresso a expectativa é que também seja realizada a distribuição de postos secundários nas coordenadorias regionais da Codevasf e do Dnocs.
Entre os órgãos mais cobiçados estão o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Departamento de Patrimônio da União (DPU), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A intenção do governo é contemplar parlamentares da base de apoio.
Embora essas autarquias com braços estaduais e regionais estejam ligadas ministérios, muitos deles comandados por partidos aliados, a diretriz definida por Lula é que “as legendas não controlam todos os cargos que estão sob o guarda-chuva das pastas”, ou seja, os ministérios não foram entregues de “porteira fechada”.