A deputada Mayara Pinheiro (Republicanos), foi constrangida ao ter sido retirada do lugar que escolheu para tirar a foto oficial ao lado de outras mulheres na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
O “puxão” que os deputados reeleitos Sinésio Campos (PT) e Carlinhos Bessa (PV) deram na deputada Doutora Mayara, na sessão de abertura dos trabalhos da Aleam continua rendendo reações de outros parlamentares e da direção da Casa. Campos gravou um vídeo ao lado de Mayara desculpando-se com ela e com a população. A deputada aceitou as desculpas, visivelmente constrangida.
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Em nota pública o Comitê de Combate à Corrupção do Amazonas se manifestou, por meio do Grupo de Trabalho de Combate à Violência Política de Gênero. A entidade se solidarizou com a parlamentar e considerou o episódio uma violência contra a mulher. A deputada Joana Darc (União) também sofreu ataques pela roupa que usou no dia.
A nota do Comitê cita o art. 1º, da Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação contra Mulher que aponta “a expressão ‘discriminação contra a mulher’ significa toda a distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha por objeto ou resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício pela mulher, independentemente de seu estado civil, com base na igualdade do homem e da mulher, dos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural e civil ou em qualquer outro campo”.
“Vimos a público, externar seu mais veemente sentimento de repúdio, em relação aos fatos ocorridos na solenidade de posse dos novos Deputados e Deputadas na Assembleia Legislativa do Amazonas, ocasião em que a Deputada Mayara Pinheiro foi constrangida ao ser, abruptamente, puxada pelo braço por dois deputados e retirada do local que havia escolhido para a foto oficial”, externou o Grupo de Trabalho de Observação e Combate à Violência Política de Gênero do Comitê do Amazonas de Combate a Corrupção.
“A violência contra mulheres constitui-se como uma das principais formas de violação de Direitos Humanos, ela é estruturante da desigualdade de gênero, início e fim de muitas outras formas de violência. Combate-la é dever de toda à sociedade”, concluiu a nota pública.