O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contratou advogados particulares para representá-lo em 20 processos nos quais ele é réu no Supremo Tribunal Federal, retirando a Advocacia-Geral da União (AGU) de sua defesa.
De acordo com a AGU, sua saída se deu devido à incompatibilidade entre a representação pela AGU e a representação por advogado privado, conforme portaria que proíbe a representação conjunta. Dos 20 processos, 15 são petições e 5 são inquéritos.
Um dos inquéritos investiga a suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal e está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Outro inquérito investiga o vazamento de dados sigilosos relacionados a inquérito da Polícia Federal envolvendo as urnas eletrônicas.
Além desses processos, Bolsonaro também contratou advogados particulares em oito outros processos, nos quais a AGU já havia deixado de representá-lo. Entre eles, há um processo que investiga a ligação de Bolsonaro com o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e outros dois pastores suspeitos de operar um “balcão de negócios” no MEC e na liberação de verbas do FNDE. Outros processos investigam supostos atos de improbidade administrativa ou cível.