Economia

Pelo segundo ano seguido inflação brasileira estoura meta e fecha em 5,79%


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,62% em dezembro do ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A meta anual da inflação para 2022 estava projetada para de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Com isso, o Brasil encerrou 2022 com inflação acumulada de 5,79%.

Apesar do novo estouro da meta, a inflação no Brasil finalizou o ano passado em um patamar bem inferior ao registrado em 2021, quando havia subido 10,06%.

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE registraram alta no último mês do ano passado.

O maior impacto veio do segmento de saúde e cuidados pessoais, cuja variação no mês foi de 1,6%, o que representou 0,21 ponto percentual no resultado geral da inflação.

O grupo de alimentos e bebidas também contribuiu de forma significativa para o índice final, com alta de 0,66% (0,14 ponto percentual no IPCA geral).

Juntos, os dois grupos representaram cerca de 56% do impacto total do IPCA em dezembro.

Os preços do segmento de vestuário avançaram 1,52% no período. Transportes (0,21%) e habitação (0,2%) desaceleraram em relação ao mês anterior.

Os analistas do mercado financeiro consultados pelo BC voltaram a elevar as estimativas de inflação para 2023, 2024 e 2025. É o que mostrou o Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado na segunda-feira (9/1).

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25% – e será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.

Os economistas ouvidos pelo BC também subiram a estimativa de inflação para 2024 (de 3,65% para 3,7%) e 2025 (de 3,25% para 3,3%).




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