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Multinacional de alimentos troca o Paraná por Minas Gerais

Além da mobilização em Minas Gerais pela absorção do ativo, a mudança obedece a decisões estratégicas tomadas pela matriz norte-americana


No começo de janeiro, a General Mills, proprietária das marcas Yoki, Kitano e Häagen Dazs, comunicou que vai encerrar até o fim do ano a operação no Paraná e a produção será transferida para Pouso Alegre, em Minas Gerais, onde a empresa já tem uma unidade produtiva. A medida foi determinada pela sede do grupo, nos Estados Unidos.

O Governo do Paraná formou uma força-tarefa com o objetivo de encontrar uma solução para a retomada da operação da General Mills no município paranaense de Cambará, no Norte Pioneiro. O vice-governador Darci Piana, o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros, e o secretário de Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes em conjunto com vereadores e o prefeito daquele município, Neto Haggi, estudam ações para garantir a manutenção dos empregos diretos e indiretos gerados pela multinacional de alimentos, a maior indústria da cidade de 26 mil habitantes.

O objetivo é tentar convencer a multinacional a continuar em Cambará, reunindo esforços em todas as esferas de gestão para que a planta industrial se mantenha ativa. Caso não seja possível, o plano é atrair outra empresa do mesmo porte para a cidade e, assim, reequilibrar a situação.

“Vamos procurar os diretores da empresa para tentar mudar essa decisão. Faremos um esforço conjugado com nossos deputados para avaliarmos a possibilidade de criarmos atrativos para que a empresa permaneça aqui. E independente disso já vamos em busca de outras empresas para manter os trabalhos e para isso mostraremos os diferenciais de Cambará e do Paraná. Vamos fazer um esforço redobrado”, disse o vice-governador, Darci Piana.

“O foco é a manutenção dos empregos, pois a geração de postos de trabalho no Paraná é uma das prioridades do Governo”, complementou o secretário Mauro Moraes.

A indústria informou que “para minimizar os impactos desta decisão, a empresa já iniciou as negociações com os sindicatos de classe buscando oferecer, além das verbas rescisórias legais, um justo pacote de desligamento, com bônus de salários, extensão de benefícios – como vale-alimentação e assistência médica, além de incentivo extra por performance ao longo dos próximos meses, até o encerramento definitivo das atividades nesta unidade, em dezembro de 2023”.

A empresa também disse que “vai oferecer uma consultoria com orientações para recolocação profissional, além de ofertar diversas oportunidades de transferência para colaboradores que tenham interesse em trabalhar em Pouso Alegre/MG”.

Por outro lado, para o município de Pouso Alegre, em Minas Gerais, a transferência da unidade da General Mills deverá resultar na geração de cerca de 1 mil novos empregos na cidade, sendo 600 diretos e 400 indiretos. A previsão de investimento é de R$ 300 milhões.




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