Governo Federal troca secretário-executivo do GSI aumentando a lista de militares dispensados
Houve “fratura de confiança” na relação com o Exército, afirmou ministro
No início desta semana, o presidente em exercício, Geraldo Alkmin, exonerou o general Carlos José Russo Assumpção Penteado que estava no cargo de secretário-executivo, desde julho de 2021, e era o número dois do então ministro do GSI, Augusto Heleno. Para o seu lugar foi nomeado o general Ricardo José Nigri. A portaria foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, na segunda-feira,23.
O novo secretário-executivo do GSI vinha atuando como chefe de Missões de Paz e Aviação, além de inspetor-geral das Polícias Militares. Ele também já foi comandante da Aviação do Exército, em Taubaté, São Paulo.
A portaria igualmente nomeia o general Marcius Cardoso Netto para ocupar o cargo de secretário de Segurança e Coordenação Presidencial, enquanto o general Carlos Feitosa Rodrigues assume a chefia da Assessoria de Planejamento e Gestão do Departamento-Geral do Pessoal.
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o GSI será praticamente 100% renovado, para “ter uma oxigenação”. Já o ministro da Defesa, José Múcio, justificou a troca no comando alegando que houve “fratura de confiança” na relação com o Exército.
Por diversas ocasiões o presidente Lula comentou que “gente das Forças Armadas” foram coniventes com as manifestações em Brasília, “eu ainda não conversei com as pessoas a respeito disso, estou esperando a poeira baixar. Quero ver todas as fitas gravadas. Teve muita gente conivente. Teve muita gente da PM conivente. Muita gente das Forças Armadas aqui dentro conivente”, afirmou o presidente Lula em café da manhã com jornalistas.