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Dino avisou Ibaneis um dia antes sobre as manifestações do último domingo

O ministro Flávio Dino alertou que “manifestantes tinham intenção de promover ações hostis e danos contra prédio públicos”


Documentos oficiais confirmam que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou antecipadamente ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha sobre a possibilidade de manifestantes invadirem prédios públicos em Brasília, no último domingo, 8/1.

Um ofício enviado ao governador Ibaneis no sábado, 7/1, alertava que o movimento “poderia promover ações hostis e danos contra os prédios dos Ministérios, do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e, possivelmente, de outros órgãos, como o Tribunal Superior Eleitoral”.

Para tanto, o ministro da Justiça solicitou o bloqueio da circulação de ônibus de turismo no espaço entre a Torre de TV e a Praça dos Três Poderes, nos dias 8 e 9 de janeiro.

No depoimento à Polícia Federal, o governador afastado confirmou que recebeu a mensagem do ministro da Justiça, Flávio Dino, “relatando preocupação com a chegada de vários ônibus com manifestantes.”

Nesta sexta-feira, 13, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a instauração de inquérito para investigar o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, o ex-secretário de Justiça do DF, Anderson Torres, o ex-secretário de Segurança Pública em exercício, Fernando de Sousa Oliveira e o ex-comandante da Polícia Militar do DF (PMDF), Fábio Augusto Vieira.

O governador afastado, Ibaneis Rocha prestou depoimento à Polícia Federal e declarou que “o Exército impediu a remoção do acampamento de manifestantes radicais em frente ao Quartel-General do Exército”. E que o Governo Federal “tinha conhecimento da oposição do Exército na retirada dos acampamentos”. “O GDF trabalhou ativamente e com êxito na segurança da posse presidencial e posteriormente foi sentido um movimento natural de desmobilização, que foi apoiado pelos órgãos do Distrito Federal”, relatou o governador afastado.




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