Política
Valdemar critica ações de Moraes e fala para os manifestantes continuarem “na luta”
O presidente do partido do presidente Jair Bolsonaro (PL), Valdemar Costa Neto, criticou hoje a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), devido a PF (Polícia Federal) cumprir nesta quinta-feira (15), um total de 81 mandados de busca e apreensão contra envolvidos em manifestações que acontecem em várias cidades do Brasil.
Ontem fui surpreendido com a aceitação de um processo contra os nossos deputados, contra o nosso senador no Tribunal Superior Eleitoral; aceitaram na hora o processo contra eles pelo o que eles falaram. A Constituição Federal é clara: deputados e senadores têm autonomia para falarem o que bem entenderem, desde que não estejam fazendo mal. Eles estão defendendo as posições deles. Vamos lutar até o final. O que é feito de maneira errada não pode dar certo”, argumentou Valdemar.
Fiquei surpreso também com a manifestação do ministro Alexandre de mandar a Polícia Federal atrás do pessoal que está protestando na rua, protestando a favor do Bolsonaro. Essas que estão nos prestigiando, apoiando um segmento tem todo o nosso apoio. Só não tem o nosso apoio quem faz as coisas erradas. Nós não queremos que ninguém impeça estradas, ruas… Nós queremos o nosso povo que está acampado são só pessoas de bem, gente de respeito, são famílias, e esse segmento de direita veio para ficar. O Bolsonaro teve quase 60 milhões de votos. Esses movimento de direita terão o nosso apoio sempre dentro da Lei. O nosso pessoal todo anda dentro da Lei”, completou.
O presidente do PL se manifestou ainda contra decisão do TSE de manter uma multa de quase R$ 23 milhões aplicada ao PL depois de o partido questionar quase 300 mil urnas eletrônicas.
“Quero dizer para vocês que ficou supresso porque não querer liberar nossas contas, prejudicando nossos funcionários no Brasil inteiro. Inclusive, o ministro Alexandre falou até em extinção do partido. Isso não tem como dar certo. Isso não tem como dar certo. Tudo que é feito de maneira errada dá errado. É só esperar parar ver, não tem jeito de dar certo. Todas as pessoas que agem desse jeito não tem como ter sucesso”, contestou.
O TSE rejeitou o recurso do partido e referendou decisão de Moraes, que havia negado a liminar. Para o magistrado, a apresentação dos relatórios técnicos apresentados pela legenda não apresentaram indícios e circunstâncias que justificassem a instauração de verificação em urnas eletrônicas utilizadas no segundo turno das eleições.
Outra crítica feita por Valdemar foi o imediato bloqueio do Fundo Partidário do PL até o efetivo pagamento da multa, com o depósito do valor em conta judicial endossado em Plenário na manhã de hoje. O TSE negou ainda o pedido do PL para parcelar o valor.
Ao divergir divergir das medidas impostas por Alexandre de Moraes, o ministro Raul Araújo destacou que o bloqueio dos recursos deveria se restringir a 30% dos valores do fundo partidário, até que a legenda pagasse integralmente a multa, para não prejudicar a normalidade das atividades partidárias.
“O ministro Raul foi muito corajoso e falou o que deveria ser feito de liberar os nossos recursos, recursos próprios que nós arrecadamos, não é dinheiro público. E o fundo partidário também que é para pagar funcionários que recebem pelos recursos próprios. Não liberaram o nosso dinheiro, bloquearam o nosso dinheiro”, critica Costa Neto e, em seguida questiona: “como fazer política desse jeito?”.
O dirigente partidário declara ainda quem o PL tem 99 deputados federais, 15 senadores e mais “quatro senadores estudando para entrar”, e declara: “não tem como parar esse segmento mais”.