Nesta segunda-feira (5), o TRF-1 suspendeu a compra de 98 blindados italianos pelo Exército Brasileiro. A finalização da compra de 900 milhões de euros aconteceria com a entrega dos dois primeiros veículos dentro de seis meses. A ação popular é de autoria de Charles Capella de Abreu, ex-assessor do ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci.
A ação popular de Capella questionou o investimento em veículos militares após o anúncio dos cortes de R$ 5,7 bilhões.
O desembargador Wilson Alves de Souza, responsável pela decisão, ainda acatou o argumento de que a compra não é uma emergência por representar a renovação de menos de 5% da frota em tempos de paz.
“Nesse contexto, vê-se claramente que o ato atacado não atende aos pressupostos de conveniência e oportunidade, pois é evidente a falta de razoabilidade, desvio de finalidade, ilegalidade e até mesmo de elementar bom senso, pois outra classificação não há quando ao mesmo tempo em que se faz cortes de verbas da educação e da saúde por falta de dinheiro, se pretende comprar armas em tempos de paz”, afirmou o desembargador.
