Política

“Todo mundo paga”: Lula defende empréstimos a países que deram calote de R$ 5,2 bi no Brasil


O ex-presidente Lula tem defendido financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para outros países, feitos em larga escala durante seu governo e no de Dilma Rousseff. No programa do apresentador Ratinho quando questionou o fato de países como a Venezuela não pagarem o que pegaram emprestado no Brasil, Lula dispara “Todo mundo paga, você pode ter dificuldade aqui ou ali, mas todo mundo paga”.
 
5,2 bilhões de reais é o valor apontado pelo BNDES sobre o calote de três países contemplados com empréstimos do Brasil. A Venezuela deixou de pagar dívidas de 3,45 bilhões de reais, Moçambique não quitou 641 milhões de reais e Cuba deu um calote de 1,12 bilhão de reais. Sem a perspectiva desses países conseguirem honrar suas dívidas, pela lógica, as dívidas tendem a aumentar, pois já tem 3,19 bilhões de reais vencendo.
 
O BNDES já emprestou 55 bilhões de reais entre 1998 e 2017, mas 88% desse valor foi liberado entre 2007 e 2015, nas gestões Lula e Dilma, que se apoderaram do dinheiro público para beneficiar ditaduras amigas do petismo.
 
“Programa de financiamento à exportação de serviços de engenharia”, é o nome da iniciativa que liberou os empréstimos. As empresas brasileiras que tiveram acesso a tais financiamentos facilitados para obras no exterior foram Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Camargo Correa e OAS, as mesmas que tombaram na Operação Lava-Jato por pagarem propinas milionárias ao PT, em troca de contratos na Petrobras.
 
O moderno Porto de Mariel está entre as obras feitas com dinheiro brasileiro em Cuba, que custou 4,2 bilhões de reais. Como garantia de pagamento, Cuba apresentou papéis da indústria local de tabaco, logo, o pagamento fica na dependência da fabricação de charutos. A Venezuela de Hugo Chávez foi contemplada com obras de ampliação do Metrô de Caracas e a construção de um estaleiro. Moçambique contraiu dois empréstimos do BNDES, para a construção do pouco movimentado Aeroporto de Nacala e a Barragem de Moamba Major.
 
Em 2011, no início do governo Dilma, os contratos começaram a ser assinados. Críticos relatam que os investimentos abastecem as ditaduras amigas do petismo poderia financiar grandes obras no Brasil, um país carente em infraestrutura.
Por Luana Valente.
 
*Com informações – Revista Veja




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