A campanha do petista Lula pagou anúncio para que o termo “Lula foi absolvido” apareça em primeiro lugar no Google, quando qualquer pessoa pesquisar sobre a prisão do ex-presidente.
O conteúdo tem formato de matéria jornalística e afirma que o STF, ONU e a TV Globo reconheceram que o petista foi julgado sem crime. Há também um vídeo de um influenciador explicando a “farsa da prisão de Lula”.
“Já está mais do que comprovada a perseguição política e midiática da qual ele foi vítima e o lawfare praticado pela Lava Jato”, consta em um trecho do texto.
“Sobretudo, como disse Willian Bonner, o ex-presidente não deve mais nada à Justiça, acumula 26 vitórias judiciais, em absolutamente todos os processos”, referindo-se à sabatina da TV Globo.
A ‘matéria’ também ataca o ex-juiz Sergio Moro, chamando-o de “ladrão”: “Lula foi preso em 2018 para que Jair Bolsonaro pudesse vencer as eleições. Craque que é, se Lula estivesse em campo, Bolsonaro não teria chance. E, mais, depois de prender o craque e retirá-lo da disputa, Moro virou ministro de Jair Bolsonaro.”
Lula nunca foi absolvido. O petista ficou preso por 580 dias na sede da Polícia Federal, em Curitiba, por condenação nas ações no âmbito da Lava Jato. O ex-presidente foi condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva em três instâncias, julgado por nove juízes. Porém, em 2021, teve as sentenças anuladas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, que alegou entendimento de erro processual por incompetência de foro. Os processos foram enviados para a 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, que arquivou ação contra Lula, por causa da extinção da punibilidade por prescrição.
Também em 2021, o STF declarou que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial ao julgar o caso do triplex do Guarujá-SP, anulando a condenação e estendendo essa parcialidade a outros processos.
