Justiça condena Barbara Gancia a indenizar assessor de Bolsonaro
O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a jornalista Barbara Gancia a pagar R$ 10 mil para o assessor internacional do presidente Jair Bolsonaro, Filipe Martins, por chamá-lo, em uma publicação no Twitter, de supremacista branco.
Além do pagamento, a jornalista tem dez dias para excluir a publicação, sob pena de multa diária de R$250,00.
A decisão foi assinada pelo juiz Danilo Fadel de Castro, que afirmou que a publicação foi feita de forma exagerada e violou os direitos de personalidade de Martins.
“No presente caso, a manifestação da parte requerida extrapolou os limites da livre manifestação do pensamento ao definir o autor como ‘supremacista’”, escreveu Castro, na decisão.
Em junho de 2021, Gancia publicou no Twitter que “nenhuma sociedade minimamente civilizada permitiria a um supremacista metido a engomadinho, discípulo de astrólogo charlatão fazer parte do círculo íntimo do presidente da República e interferir em políticas de Estado”. A jornalista também escreveu que “em qualquer lugar minimamente respeitável estariam todos presos”.
A defesa de Bárbara pretende recorrer da decisão por considerar que ela somente exerceu sua liberdade de expressão. “Temos total confiança que será revertida. Ela apenas exerceu seu direito de liberdade de expressão”, afirmou Leonardo Martins, advogado de Gancia.
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