Devocional

Dia dos Pais


Para alguns de nós, o Dia dos Pais é um dia de ansiedade, pois nos lembramos do homem que não pôde estar presente quando precisamos dele, ou o homem que não está aqui agora quando mais precisamos dele. Para outros, esse dia estimula sentimentos de gratidão por honrarmos as vezes que tivemos nosso pai ao nosso lado. Há alguns entre nós que nunca conheceram o próprio pai; outros que ainda não se separaram dele, portanto, nunca tiveram que aprender a dizer adeus. Independentemente de nossa história individual, todos nós somos lembrados todos os anos neste dia de como a paternidade é importante; como vidas são moldadas, e caminhos forjados, através do direcionamento e orientação de um homem mais velho e mais sábio.

Não importa como é seu relacionamento com seu pai; seja um relacionamento constante e amoroso, frio e distante, ou ainda que você sequer tenha tido algum contato com seu pai: a presença ou ausência dele teve uma das maiores influências na pessoa que você é hoje. Por isso, independente do sentimento que o dia de hoje lhe traga, independente do que a palavra “pai” significa para você, eu gostaria de lhe apresentar ao Pai da paternidade: Deus [Efésios 3:14-15].

O Pai da Paternidade
Deus, sendo o Criador de todas as coisas, escolheu maneiras quase inimagináveis para nós de se revelar à humanidade. Imagine que você é um pintor e em cada uma de suas obras você revela uma característica de seu caráter e de sua personalidade. Deus fez isso, só que ele usou toda a sua criação. Por exemplo, para revelar ao homem Sua grandeza, Deus criou o universo de um tamanho colossal (aí é só você multiplicar esse tamanho pelo infinito, e talvez chegue perto do tamanho de Deus). Ou, para revelar sua beleza, Ele criou todas as coisas com uma perfeição inigualável, não como obras de arte feitas de tinta ou pedra, mas com moléculas subatômicas, isótopos, grãos de areia, oceanos, montanhas, planetas, estrelas, galáxias, matéria negra; absolutamente tudo, seja concreto como o corpo humano, ou abstrato como a alegria. Tudo o que Deus fez, o fez muito bom, para revelar a si mesmo em suas obras.

Da mesma forma, Ele criou a paternidade. Nos primórdios, Deus usou a família para se revelar ao mundo. Ele usou os patriarcas (grego: patér, pai + arché, primeiro) para que através deles fosse demonstrado o tipo de relacionamento que ele intentava para com seu povo. O propósito de Deus era que o relacionamento de um pai e seu filho retratasse o relacionamento dEle para com todo aquele que ele chama de seu filho.

Cristo, o Filho Unigênito
Deus Pai sempre viveu em plena comunhão com o Deus Filho, aquele que encarnou em um determinado ponto da história, mas que, contudo, já existia antes mesmo que qualquer matéria existisse [João 1:1-3; 8:58].

Jesus é chamado pela Bíblia de o “Filho Unigênito” [João 3:16], ou seja, o único Filho gerado. A grande pergunta que poucas pessoas se fazem é: se Jesus é o único filho, então Deus não é pai de todos os seres humanos? A óbvia resposta é que Deus não é o pai de todos os seres humanos. O ser humano, assim como os animais, as plantas e tudo o que há na terra, é apenas uma criatura de Deus, só que feita à sua imagem e semelhança. Apesar do famoso dito “também sou filho de Deus”, em nenhum lugar a Bíblia deixa a entender de que todo ser humano é filho de Deus. Cristo é o único Filho.

Filhos de Deus
Jesus, apesar de toda a censura que o rodeia hoje em dia, disse coisas chocantes a respeito dos seres humanos. Um exemplo é o que se encontra em João 8:42-44:

Se Deus fosse, de fato, vosso pai, certamente, me havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. […]Vós sois do diabo, que é vosso pai…

Ora, dizer que nem todo ser humano é filho de Deus tudo bem, mas que todo ser humano é filho do diabo? Como assim?

Acontece que tudo o que Deus criou foi muito bom, mas Adão teve a chance de escolher entre uma vida de obediência a Deus e vida eterna com plena alegria na presença do Pai, ou a desobediência e a morte por consequência. Adão, que é o pai do qual todos nós descendemos, escolheu a desobediência, e com isso encerrou a todos nós em sua desobediência [Romanos 5:19]. Todos nós nascemos moralmente depravados. Incapazes de amar a Deus ou desejar ter um relacionamento com Ele. Nós somos capazes de amar um deus que nós criamos na nossa imaginação, mas o Único Deus Verdadeiro é odioso para nós [Romanos 1:30]. Todos nós somos maus, porque até nossas boas obras são feitas por motivos egoístas.

Um Pai Adotivo
Uma das coisas mais maravilhosas a respeito da paternidade de Deus, é que ele é o Pai da Adoção. Apesar de nossa depravação, Deus escolheu redimir para si alguns seres humanos aos quais ele viria a chamar de filhos. Mas sendo Deus um Deus bom, como ele poderia perdoar seres desobedientes como nós? Se um juiz deixa um criminoso sair em liberdade depois que ele pede perdão, esse juiz é um bom juiz ou um juiz mau? Obviamente é um juiz mau. Para que Deus pudesse nos redimir, alguém teria que pagar a nossa dívida, que é literalmente infinita. Seu único Filho Gerado, Jesus, tomou forma humana e pagou a dívida que constava contra nós. Todo o castigo que nos era devido, recaiu sobre Jesus. A todos aqueles que recebem a Cristo, é dado o direito de serem chamados filhos de Deus [João 1:12]. Estes, são nascidos de Deus [João 1:13]. Nós recebemos o espírito de adoção, pelo qual podemos chamá-lo de Pai [Romanos 8:15]. Através desta adoção, podemos herdar tudo o que os filhos têm direito [Romanos 8:17; Mateus 7:11], sendo a mais importante herança: a vida eterna em plena comunhão com Deus — o nosso Pai.

Caso Deus seja seu Pai, honre-o hoje. Caso você ainda não tenha o direito de ser chamado filho de Deus, entregue-se completamente ao senhorio do Filho Unigênito. Lembre-se que a vida é como uma neblina, e amanhã pode ser tarde demais.

 

*Devocional de Alan Cristie




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