Política

Denúncia de “rachadinha”: “por mais que estejam ganhando bem, vivem refém dele, do autoritarismo dele”, declara ex-assessor de Janones


Ao conceder entrevista para o programa Morning Show, veiculado pela Jovem Pan, Fabrício de Oliveira, que é ex-assessor do deputado federal André Janones (Avante–MG) fez graves denúncias envolvendo a prática de “rachadinha” no gabinete do parlamentar e frisou: “por mais que estejam ganhando bem, vivem refém dele, do autoritarismo dele”.

Além da acusação de prática de “rachadinha”, Fabrício destacou que sofria assédio moral e racismo no ambiente de trabalho. “Tenho muito mais para mostrar e poder jogar na imprensa, para todo mundo ver a índole dele [André Janones]. Vinha na porta da minha casa, me buscava, falava comigo que ia lutar pelo povo e ser diferente. Depois que ganhou, o ego subiu a cabeça dele e começou a tratar as pessoas dessa forma. Tratava pior do que se trata um animal”.

O ex-assessor que foi exonerado do cargo em 2021, também revelou que Janones tinha uma conduta discriminatória com os demais assessores de gabinete.

“Eu achava que, por ignorância minha, racismo e assédio moral só existiam na televisão, falácia e vitimização. Depois que conheci a política pela janela que é o deputado André Janones, eu entendo que o buraco é muito mais embaixo, senti na pele. Tratava aquele que estava em volta dele como lixo. Ele é completamente desequilibrado emocionalmente, não consegue manter uma relação de amizade com ninguém”.

Ainda de acordo com Oliveira, existem áudios que comprovam a obrigatoriedade do repasse de 60% do salário recebido por assessores do gabinete de Janones. “Gravei o áudio, está à disposição da Justiça, na mão da PGR. Fiz a denúncia em meados de janeiro deste ano, peguei os áudios e veiculei na mão da imprensa, saiu em vários órgãos. No áudio, um dos assessores que estavam falando comigo na época cita que ganhava em torno de 9 mil reais e era praticamente obrigado a passar em torno de 60% do seu salário”, afirmou.
“Havia outras alegações de outros assessores, onde realmente esse esquema era operado. Esse assessor que consegui capturar a declaração falava que repassava o dinheiro para a prefeita Leandra Guedes, que na época era assessora do deputado. A situação ocorreu dessa forma. Não tenho medo porque estou falando a verdade.”




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