“Não há programa imune a ataque”, diz ministro da Defesa sobre urnas eletrônicas
Ao fazer uma avaliação contundente na Câmara dos Deputados, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, falou sobre a atuação dos militares nas eleições e voltou a questionar a segurança das urnas eletrônicas. O pronunciamento aconteceu na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, na manhã desta quarta-feira (6). O ministro justificou que os equipamentos tecnológicos precisam de aperfeiçoamentos constantes, e frisou ainda que “não há programa imune a ataque, imune a ser invadido”.
“Tem os bancos que gastam milhões com segurança e eu tive meu cartão clonado há três semanas. A minha esposa, no ano passado. Isso é fato. As propostas das Forças Armadas foram realizadas de setembro até agora, com muita tranquilidade, transparência”, completou.
O ministro fez observações à Comissão de Transparência Eleitoral (CTE), instalada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em setembro do ano passado, com representantes de diversos órgãos, incluindo os militares, para discutir o processo eleitoral. Além disso, falou que as Forças Armadas foram convidadas para integrar a comissão e, por isso, houve a indicação da equipe capacitada para “colaborar e tentar aperfeiçoar o processo de acordo com as demandas com o que se conseguiria com o TSE”.
“Não estamos duvidando ou achando isso ou aquilo outro, mas simplesmente com espírito colaborativo. Esse é o sentido do espírito das Forças Armadas para ajudar o TSE. Isso eu disse em reuniões presenciais com o presidente e vice-presidente, ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes. Estamos sempre prontos, permanecemos colaborativos para a melhoria do processo”, explicou.